O portal das Provas Digitais no Processo Penal
Um erro de peritos pode fazer com que sejam perdidos alguns dados do celular do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, que foi preso após tentar atirar contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na última quinta-feira (1).
Segundo informações da imprensa local, peritos cibernéticos que ficaram encarregados de desbloquear o aparelho para conseguir ter acesso ao conteúdo fizeram com que o telefone reiniciasse e voltasse para as "configurações de fábrica".
Desta forma, nenhuma informação que existia no celular servirá como prova em julgamento. O conteúdo era considerado fundamental para a averiguação da participação de mais pessoas no atentado e se o ato teria sido premeditado.
O advogado da vice-presidente, Gregorio Dalbón, usou o Twitter para reclamar da informação. "É gravíssima a responsabilidade da juíza, do promotor e daqueles que manipularam o celular do acusado", escreveu.
"Se for confirmada a informação de alguns jornalistas, iniciaremos outro processo contra todos os responsáveis por esse grande “erro' judicial e/ou o possível acobertamento agravado", disse o responsável pela defesa de Cristina Kirchner.
No sábado (3), Dalbón anunciou que estudava a possibilidade de qualificar o atentado como uma tentativa de feminicídio e de ampliar a investigação para buscar cúmplices, o que seria possível a partir da análise dos aparelhos eletrônicos de Sabag Montiel.
O brasileiro se recusou a disponibilizar as senhas do aparelho celular que foi apreendido na operação de busca em sua casa, junto com munição e um notebook.
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