Operações prendem suspeitos de fraudar concursos públicos e cumprem mandados em quatro estados e no DF

Ao todo, foram emitidos 11 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão para Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Alagoas, além do DF.





Suspeitos de integrar um esquema de fraude a concursos públicos foram presos dentro de duas operações, desencadeadas nesta quinta-feira (20), em quatro estados e no Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, ao todo, foram emitidos 11 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão.

Até a última atualização desta reportagem, ao menos três pessoas haviam sido presas na Paraíba e uma em Alagoas, sendo três homens e uma mulher.

As quadrilhas também são suspeitas falsidade ideológica. As ordens judiciais foram emitidas pela Vara de Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária do Recife para alvos em Pernambuco, na Paraíba, em Alagoas e no Espírito Santo, além do Distrito Federal.

As investigações para identificar e desarticular o esquema começaram em junho de 2018. Os criminosos são suspeitos de fraudar dois concursos que aconteceram em 2016, sendo um da Polícia Civil e outro para a Polícia Militar, ambos em Pernambuco.

"São duas operações desencadeadas ao mesmo tempo, com pessoas envolvidas nas duas. Recebemos informações da Operação Gabarito, também de outros estados, e conseguimos deflagrar essa operação", afirmou o delegado Diogo Vitor, adjunto da 1ª Delegacia de Combate a Corrupção em Pernambuco.

A Gabarito foi uma investigação que, em 2017, desarticulou um grupo criminoso suspeito de fraudar quase cem concursos públicos em, pelo menos, 15 estados. Entre as seleções, havia certames municipais, estaduais e federais (veja mais sobre a operação abaixo).

Nesta manhã, foram apreendidos computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentações dentro das ações, denominadas Pitonisa e Múltipla Escolha.

De acordo com a PCPE, os alvos em Pernambuco e materiais apreendidos foram levados para o Complexo de Operações Policiais, localizado em Ouro Preto, Olinda.

Para cada operação desta quinta-feira, foram escalados cerca de 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

As investigações da Polícia Civil de Pernambuco, em ambas as operações, foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia (Dintel), com o apoio da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

Além das polícias civis dos estados onde os mandados estão sendo cumpridos, também participaram a Corregedoria Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Corregedoria Regional da Paraíba.

Detalhes da investigação devem ser divulgados em coletiva de imprensa no Recife, no final da manhã desta quinta-feira (20).

Operação Gabarito

Em 2017, a Delegacia Defraudações e Falsificações de João Pessoa descobriu um esquema de fraudes a concursos públicos. Ao longo das investigações, a Polícia Civil daquele estado descobriu a que organização criminosa era tratada como "empresa" pelos mais de 82 suspeitos envolvidos.

O grupo fraudou concursos em pelo menos 15 estados, aprovou mais de 500 pessoas e movimentou R$ 29 milhões em 12 anos de atuação, apontaram os policiais naquele ano.

Os suspeitos de comandar o esquema eram dois policiais militares de Alagoas, conhecidos como irmãos Borges. Esse concurso foi um dos 29 que os dois tinham sido aprovados de maneira fraudulenta, disseram os investigadores.



Comentários


● Autor: Lorenzo Parodi - Data: 27/10/2022
Fantástico! Reparem na imagem os celulares na mesa e o computador sendo carregado, tudo sem qualquer proteção e procedimento de custódia , em total afronta aos art. 158-B CPP. Todas provas que, por isso, poderão ser invalidadas através de perícia particular com um bom assistente técnico!



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